sexta-feira, 6 de maio de 2016

As Pequenas Formiguinhas

As pequenas formiguinhas 
Introdução  
Este material e proveniente de uma dúvida, na qual me sindo oprimido, quando o conselho dado. Cuidado com as pequenas formiguinhas. Fiquei sem saber > Porém achei que posso ser grande em administrar várias formas de pensamento. Precisei pesquisar primeiro a real origem de um inseto comparado aos seres humanos. Não mostra diferença.
Olhando do alto, parece uma coisinha inofensiva. Nada de garras assustadoras, chifres ou mandíbulas enormes que outras espécies ostentam. É pequena demais (3 mm) e tem uma picada que causa, no máximo, reação alérgica. Mesmo assim, a formiga argentina é uma das pragas urbanas mais graves do planeta. Para entender, pare de olhar do alto. Não quero olhar também para baixo. Porém não darei mais liberdade de ouvir e ser oprimido em uma vida > só o sono profundo me espera.  
Um pouco da história desta criatura. Que sempre sobrevive nas grandes Cidade Metropolizadas e no mundo atual.   
No século 19, algumas formigas da margem argentina do rio Paraná pegaram carona em navios e desembarcaram em outros portos mundo afora. Bastou para o estrago estar feito. A formiga argentina não é uma boa vizinha. Pelo contrário, é competitiva e predadora em níveis méssicos (de Messi, o Lionel). Chegam, invadem casas, estressam famílias e disputam território com insetos maiores e mais sinistros. Resultado: elas estão em áreas costeiras de todo o mundo.

Em 2000, pesquisadores encontraram uma super colônia gigante que ocupa todo o sul da Europa, estendendo-se por 6 mil quilômetros, de Portugal à Grécia (o litoral da Argentina, só para lembrar, tem 4,7 mil quilômetros). São milhões de ninhos diferentes e bilhões de operárias. "Conheço pelo menos cinco super colônias, mas provavelmente há outras", diz Alex Wild, biólogo especializado nas argentinas. O sucesso desses países subterrâneos é a parceria. Enquanto formigueiros comuns travam disputas entre si, os da super colônia não competem uns com os outros. É a maior unidade cooperativa do mundo. As super colônias existem também nos Estados Unidos, no Japão e na Austrália. Por isso, é difícil encontrar uma formiga urbana que não seja a argentina, cientificamente conhecida como Limepithema humile, em lugares tão distantes como Chile, Portugal e Califórnia. Lá, aliás, as argentinas dizimaram os lagartos-de-chifres, cuja população caiu pela metade depois que as invasoras fizeram sumir do mapa outras formigas que eles comiam. Essas formigas não passam batido. E são versáteis. "Como conseguem criar formigueiros rapidamente em diversos ambientes, as argentinas se estabelecem facilmente em novos lugares", diz Wild. E, para piorar, são resistentes aos inseticidas comuns, o que faz delas formigas quase invencíveis. Quase.
Foi em um parque na Carolina do Norte que as argentinas mostraram sua fraqueza. Segundo um estudo da universidade estadual local, a argentina ocupava, em 2008, 99% do parque, enquanto uma espécie chinesa estava em 9%. Três anos depois, as argentinas caíram para 67%. As chinesas começaram a reagir porque resistem mais ao frio. No inverno, ambas entram em um estado parecido com a hibernação. Mas a asiática volta à ativa antes, e é mais fácil conquistar território enquanto o inimigo dorme. As implacáveis argentinas podem ter encontrado seu General Inverno e uma possível derrota. Mas as formigas como um todo estão longe de perder no jogo da evolução.
Todas por todas
A colônia é um organismo só. E as saúvas exemplificam isso





PORTA DA ESPERANÇA
Em 2012, cientistas da Universidade do Estado do Arizona, EUA, desenvolveram oito formigueiros artificiais. Só metade tinha características apropriadas, como iluminação e tamanho ideais. As formigas precisavam escolher um formigueiro. Quando expostas sozinhas ao teste, elas escolheram os ninhos bons 50% das vezes. Já quando a colônia inteira teve de escolher, em todas as vezes elas foram para os ninhos habitáveis.

SEM FRESCURA À MESA
Manter uma dieta bem versátil também ajuda. "Elas podem explorar diferentes recursos de um ambiente sem limitação por especialização alimentar", diz o biólogo Rodrigo Feitosa, da USP. Significa que as formigas não são como os pobres lagartos-de-chifres da Califórnia citados no início da reportagem, que morreram quando os bichos que eles comiam foram exterminados. Se uma fonte de alimento acaba, elas se organizam para procurar outra sem deixar o formigueiro desprotegido.

COLETIVIDADE
Em organismos eu sociais, como formigas, são as características da colônia que são transmitidas às futuras gerações. Ou seja, o conceito de evolução se aplica ao coletivo, não ao individual. As formigas que não se reproduzem, como as operárias, têm mais tempo para se especializar em outras tarefas, como a busca de alimento e a defesa do ninho. Para os biólogos, essa capacidade de evoluir em grupo é um dos fatores que garantiram a sobrevivência das formigas por mais de 100 milhões de anos.


PARCERIA NA SIMBIOSE
Formigas têm relações simbióticas, ou seja, em que há vantagem para todos, com mais de 400 espécies de plantas, milhares de artrópodes, fungos e micro-organismos. Junto com as minhocas e os cupins, elas cumprem a tarefa de revolver o solo e enriquecê-lo com oxigênio. Até mesmo as formigas-cortadeiras, famosas por destruir folhas e flores, dão uma mão para a natureza. Os fungos que elas criam nos formigueiros servem de adubo para espécies de árvores como a embaúba, por exemplo.

7 MIL PAUZINHOS E UMA CANOA
Para não se afogar nas áreas inundáveis da Amazônia, formigas-de-fogo (ou lava-pés) juntam forças e formam um bote improvisado com seus próprios corpos. "Os insetos do gênero Solenopsis sobrevivem semanas sobre a água", diz o biólogo Ricardo Solar, da Universidade Federal de Viçosa (MG). O bote permite a sobrevivência de grupos de até 7 mil formigas (incluindo a rainha e as larvas). Funciona porque elas têm um superpoder que repele a água e é tão eficiente que mesmo se você empurrar o bote para baixo ele volta à tona. (Clique para assistir ao vídeo da BBC).


A Vassoura da Destruição 

O rei Nabucodonosor, que havia assumido o trono da Babilônia em 604 AC morreu em 561 AC e o trono passou para o seu filho Evil-Merodaque; este foi bom para o rei Joaquim de Judá e o libertou da casa da prisão em que estava depois de trinta e sete anos de cativeiro (2 Reis 25:27).
Evil-Merodaque, no entanto, depois de apenas dois anos no governo foi assassinado pelo seu próprio cunhado Nergal-Sarezer (Jeremias 39:3) que assumiu o trono (conhecido também como Neriglissar e Labachi-Marduque).
Nergal-Sarezer morreu pouco menos de quatro anos depois e foi sucedido pelo seu filho que era ainda apenas um menino. Este foi morto numa conspiração nove meses depois, e um dos conspiradores, Nabonido, assumiu o trono.
Nabonido era casado com Nitocris, filha de Nabucodonosor. Tendo ascendido ao trono da Babilônia em 555 AC, Nabonido reinou durante dezessete anos. Belsazar, é mencionado em várias inscrições nas ruínas da velha Babilônia como sendo seu filho, embora fosse seu sobrinho, filho de Evil-Merodaque.
Pouco depois de 590 AC Jeremias havia profetizado: "Assim me disse o SENHOR: '… E, agora, eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, … E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.'" (Jeremias 27:6-7) .
Belsazar era esse neto de Nabucodonosor, a profecia estava se cumprindo e agora estava chegando a parte final, o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se serviriam dele.
Aqui Belsazar é chamado rei, porque ele era o regente enquanto seu tio se dedicava a viagens pelo seu território. Este capítulo começa no ultimo dia do seu reinado, no ano 538 AC, tendo Daniel já seus 88 anos de idade.
Belsazar fez um grande banquete, ao qual comparecerem um milhar dos homens mais importantes do seu reino, com suas mulheres e concubinas. Segundo os historiadores a cidade estava nesse dia cercada por inimigos, os medo-persas, sob o general Gobrias. Babilônia era protegida por muros de 100 m de altura e oito de largura e tinha abundância de viveres e água. Belsazar devia ter pensado que a cidade era inexpugnável, e o banquete foi dado em honra aos seus deuses, que, pensava ele, o estavam protegendo.
Depois de provar o vinho. Belsazar mandou que se buscassem os utensílios de ouro que haviam sido trazidos do templo em Jerusalém por Nabucodonosor (2 Crônicas 36:18). E todos beberam vinho neles e deram louvores aos seus deuses que eram imagens de ouro, prata, cobre, ferro, madeira e pedra.
Na mesma hora, em meio daquele ato de idolatria, apareceram uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. Essa visão sobrenatural muito perturbou Belsazar, ele se curvou e começou a tremer.
Ele gritou para que chamassem à sua presença os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; quando chegaram, ele prometeu que quem lesse o que estava escrito e declarasse a sua interpretação seria premiado com roupa de púrpura, uma cadeia de ouro ao pescoço, e seria, no reino, o terceiro dominador (viria depois do seu pai e ele próprio). Mas ninguém entre eles foi capaz de ler, nem interpretar o que estava escrito.
Belsazar perturbou-se ainda mais, o que transpareceu em seu rosto e os seus grandes estavam sobressaltados. Nesse momento a rainha, ouvindo do que se passava, entrou e falou a Belsazar sobre Daniel, a quem Nabucodonosor muitos anos atrás havia honrado "porque tinha o espirito dos deuses santos; e naqueles dias se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos deuses."
A rainha, esposa de Nabonidus, era filha do próprio Nabucodonosor, logo tinha conhecimento de primeira mão do relacionamento dele com Daniel. Ela sabia do nome caldeu que seu pai havia dado a Daniel, mas agora ela o chama pelo seu nome hebreu. Teria Daniel insistido em usar o seu primeiro nome, que honrava ao seu Deus?
Belsazar mandou chamá-lo, na esperança que esse ancião ainda pudesse resolver o mistério. Evidentemente não o conhecia pessoalmente, o que indica que Daniel teria sido afastado da posição de destaque que Nabucodonosor havia lhe dado, muitos anos atrás.
Belsazar o lembra da sua posição humilde como cativo de Judá, diz que ouviu da sua habilidade, e promete a ele o mesmo prêmio que havia oferecido aos astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; mas Daniel demonstrou pouco interesse nisso dizendo-lhe que ficasse com suas dádivas e desse os seus presentes a outro, mas se dispôs a ler e a interpretar o que estava escrito.
Como preâmbulo Daniel lembrou a Belsazar que:
  1. fora Deus, o Altíssimo, que havia dado a Nabucodonosor todo o reino, o poder, a glória e a magnificência que tinha;
  2. quando ele se ensoberbecera por causa disto, fora derribado do seu trono real, perdera a sua glória e fora afastado para viver como animal;
  3. só voltara à posição anterior quando reconheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles.
Em seguida Daniel repreendeu Belsazar por ter trazido os utensílios do templo para usá-los, com todos os seus convidados, para beber vinho e honrar os seus ídolos, não glorificando a Deus em cuja mão estava a sua vida e todos os seus caminhos, sabendo já de tudo o que havia acontecido com Nabucodonosor.
Daniel a seguir informou que a parte da mão que escreveu na parede havia vindo de Deus, e leu e traduziu o que estava escrito:
MENE = NUMERADO
TEKEL = PESADO
PARSIN = DIVISÕES, plural de PERES = DIVISÃO
Ou seja:
Numerado, numerado, pesado e divisões.
Daniel deu a interpretação disso, ou seja:
  1. Deus havia contado o reino de Belsazar e acabado com ele;
  2. Belsazar havia sido pesado na balança e achado em falta;
  3. Seu reino havia sido dividido e dado aos medos e aos persas.
Na mesma hora em que estava sendo realizado o banquete, o exército de Ciro, o persa, que a rodeava, estava avançando por debaixo dos muros da Babilônia, tendo desviado as águas do canal que passava para dentro da cidade.
Seu general Gobrias levou o exército para o centro da cidade onde estava localizado o palácio onde se fazia o banquete. Segundo Xenofonte, um historiador da Grécia antiga, Gobrias e os seus homens estavam dentro do centro antes dos guardas terem percebido que havia algo de errado.
Belsazar foi morto e seu reino dado a Dario, o medo, que era tio de Ciro segundo alguns, cumprindo-se assim uma profecia feita mais de 175 anos antes do acontecimento (Isaías 44:28 - 45:4).
Assim a cabeça de ouro da estátua do sonho de Nabucodonozor ficou na história e entramos na fase de domínio do reino representado pelo peito e braços de prata - os medo-persas.

 Uma Conversa Franca de Fé
A serpente original > Sugestão Ler em Jô poderá aprender defeito de carater  

terça-feira, 3 de maio de 2016

O que é Bacia do Pacífico ? Mercado Aberto e suas regras

A economia asiática tem sido ao longo dos tempos sido apontada como dinâmica no cenário mundial. A agressividade desses países promoveu um crescimento indiscutível - Onde rendeu-lhe o nome TIGRE ASIÁTICO e hoje podemos chamar de Bacia do Pacífico. 

Na qual apresento um estudo do amigo abaixo: 
Excelente para pessoas interessadas em Mercado Aberto



BLOCOS REGIONAIS E GLOBALIZAÇÃO
Demétrio Magnoli
("Globalização, Estado nacional e espaço mundial", Demétrio Magnoli, Ed. Moderna, S.P., 1997, pág. 44-58)

A multiplicação dos acordos e blocos econômicos regionais constitui um dos fenômenos mais marcantes do pós-Guerra Fria. A antiga paisagem plana, onde se destacava o cume praticamente solitário da Comunidade Européia, foi preenchida por cordilheiras, montanhas e morros de blocos poderosos, intermediários ou pífios, ou apenas de projetos ambiciosos de megablocos transcontinentais.
Atualmente, ao lado da União Européia, perfilam-se o Nafta, a Bacia do Pacífico e, em outra escala, o Mercosul, o Pacto Andino, o Mercado Comum Centro-Americano e muitos outros ainda menos significativos. Há também uma declaração política de países da APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) projetando para as primeiras décadas do novo século a formação de uma zona comercial envolvendo países asiáticos e americanos.
A selva de blocos regionais não é habitada por uma única espécie de animais. Efetivamente, deve-se distinguir quatro tipos de tratados econômicos diferentes, e ainda uma modalidade de bloco regional espontâneo.
O tipo de tratado econômico menos ambicioso consiste na Zona de Livre Comércio. A sua constituição envolve apenas um acordo entre Estados destinado a, na etapa final. eliminar as restrições tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre a circulação de mercadorias entre os integrantes. Trata-se de um acordo circunscrito à esfera comercial, que não implica compromissos a respeito do intercâmbio de cada Estado com países externos ao bloco. Teoricamente, um integrante de determinada zona de livre comércio pode se associar a outras zonas similares.
A finalidade de um tratado de livre comércio, do ponto de vista da teoria econômica, é ampliar a exposição da economia dos países integrantes à concorrência externa, a fim de estimular ganhos de produtividade na estrutura produtiva nacional. O Nafta é, atualmente, o mais ilustre representante dessa espécie que vaga pelas planícies da selva de blocos regionais.
Um pouco mais ambicioso é o tratado de União Aduaneira. Trata-se também de um acordo circunscrito à esfera comercial, mas define duas metas: a eliminação das restrições alfandegárias e a fixação de uma tarifa externa comunitária. Essa tarifa externa consiste em um imposto de importação comum cobrado sobre mercadorias provenientes de países externos ao bloco. obviamente, um integrante de determinada união aduaneira não pode se associar a outro tratado econômico que projete a eliminação de restrições comerciais.
A finalidade de uma união aduaneira é atrair investimentos produtivos para o interior do território recoberto pelo tratado. As empresas que nele se instalam - sejam elas controladas por capitais internos ou externos - beneficiam-se do tamanho do mercado consumidor gerado pela regra de livre comércio e da proteção alfandegária comum contra a concorrência de empresas exteriores ao bloco. O Mercosul projeta tornar-se uma união aduaneira.
Nos planaltos da selva dos blocos encontra-se o hábitat de um animal superior: o Mercado Comum. O tratado de Mercado Comum engloba as regras da união aduaneira mas não se contenta com elas. Ele tem por objetivo assegurar, além da livre circulação de mercadorias, a de capitais, serviços e pessoas, através das fronteiras políticas dos países integrantes. Dessa forma, não se restringe à esfera comercial, invadindo os domínios da legislação industrial, ambiental, financeira e educacional.
Em termos de teoria econômica, o mercado comum almeja estimular a integração internacional das corporações produtivas e financeiras no interior do bloco. A idéia consiste em unificar praticamente todas as dimensões dos mercados nacionais, criando um mercado regional poderoso, capaz de funcionar como trampolim para que as empresas instaladas no seu interior possam concorrer vantajosamente no espaço global. O grande representante dessa espécie é a União Européia.
Nos cumes mais altos da selva, existe um animal mítico, que jamais viveu realmente: a União Econômica e Monetária. Esse animal mítico foi criado pelos governos europeus no Tratado de Maastricht. A União Européia pretende tentar o salto mortal para se transfigurar na primeira união econômica e monetária da história.
A união econômica e monetária é um mercado comum acrescido de uma moeda única. No seu interior, as moedas nacionais seriam substituídas por uma divisa comunitária, emitida e controlada por um banco central supranacional.
Por isso, diferentes análises podem conduzir a distintas delimitações dessas áreas. Pelo mesmo motivo, com o tempo, áreas desse tipo se alastram ou se contraem, independentemente da vontade dos governos ou da ação dos diplomatas.
UNIÃO EUROPÉIA
O mais antigo dos blocos regionais nasceu no ambiente bipolar da Guerra Fria, que a estruturou internamente. Essa estrutura herdada de um sistema internacional que desapareceu encontrasse atualmente em crise.
O Tratado de Roma de 1957 criou a Comunidade Européia (CE), ampliando o alcance da Comunidade do Carvão e do Aço que tinha sido estabelecida cinco anos antes. Na base desse primeiro acordo europeu estava a reaproximação entre a França e a Alemanha – que era, então, a Alemanha ocidental - promovida pela bipartição do Velho Continente em esferas geopolíticas antagônicas. Franceses e alemães enterravam séculos de desconfianças e guerras e assentavam os alicerces para a cooperação política através,, de um tratado econômico. A sombra da União Soviética funcionava como solda da liga franco-alemã. Os alargamentos geográficos da Europa comunitária, durante a Guerra Fria, transformaram o bloco inicial de seis Estados na Comunidade dos Doze, configurada em 1986. A adesão mais importante, política e economicamente, foi a da Grã-Bretanha, em 1973, alcançada depois de quinze anos de desacordos e intrigas entre Paris e Londres. Essa adesão representou a completa integração geopolítica da Comunidade ao ocidente liderado pelos Estados Unidos.
Mas o percurso que conduziu à Comunidade dos Doze jamais alterou a estrutura básica do bloco, definida pelo limite estratégico da Cortina de Ferro e pelo eixo franco-alemão, que determinava o sentido e o conteúdo da existência comunitária.
O encerramento da Guerra Fria e a reunificação alemã representaram uma completa reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. As suas repercussões na Comunidade Européia continuam a se fazer sentir, principalmente sob a forma da crise do eixo franco-alemão.
O primeiro alargamento comunitário no pós-Guerra Fria, em 1995, envolveu o ingresso de três antigos Estados neutros: Áustria, Suécia e Finlândia. Simultaneamente, a transição para a economia de mercado nos países do antigo bloco soviético sustentava novos pedidos de adesão. Na virada do século, a União Européia poderá abrigar a Polônia, a Hungria, a República Tcheca, a Eslovênia e, talvez, outros países da Europa centro-oriental.
Os alargamentos comunitários projetados representam a reconstituição do espaço europeu integrado que existiu antes da Segunda Guerra Mundial. A nova organização do espaço europeu significará a soldagem da periferia centro-oriental ao núcleo econômico da União. Entretanto, também significará um realinhamento na geometria européia, com a consolidação da liderança da Alemanha unificada. A maior economia do Velho Mundo retomará a sua função de elo de ligação entre o oeste e o leste do continente e espraiará a sua influência para os países do antigo bloco soviético. Em contrapartida, o peso e a influência da França serão reduzidos.
O novo alargamento comunitário acentua as diferenças entre as economias da União, multiplicando as dificuldades associadas à implantação da moeda única prevista no Tratado de Maastricht. A necessidade de combinar o alargamento geográfico com o cronograma de aprofundamento da integração gerou a idéia da "Europa a múltiplas velocidades". Segundo esse esquema, um pequeno núcleo de cinco ou seis países adotaria a moeda única nos prazos de Maastricht, enquanto o restante dos países permaneceria, por mais algum tempo, com as suas moedas nacionais. Esse duplo processo desenha os novos contornos da Europa comunitária, no pós-Guerra Fria.
Do bloco econômico europeu emana um campo vasto de influência, que se estende para o leste na direção da Rússia e das repúblicas ocidentais da CEI, e para o sul na direção da África do Norte e Oriente Médio. Esse amplo espaço geográfico orienta-se cada vez mais para a órbita do marco alemão e, no futuro, do Euro, a moeda única comunitária.

NAFTA E MERCOSUL
O Nafta surgiu como fruto das políticas comerciais do,, Estados Unidos para o pós-Guerra Fria. Ele foi constituído em duas etapas: na primeira, os Estados Unidos firmaram um acordo bilateral de livre comércio com o Canadá; na segunda, em 1994, o México foi incorporado ao bloco.
A estratégia do Nafta representava uma cartada americana para a eventualidade de fracasso das negociações comerciais multilaterais do GATT. Nesse caso, o Nafta estava projetado para constituir a pedra inicial de uma imensa zona de livre comércio das Américas. O alvo visado era a União Européia que, liderada pela França, entravava as negociações sobre o comércio de produtos agro-industriais.
O acordo finalmente alcançado nas negociações com a União Européia refreou o ímpeto de Washington. Quase ao mesmo tempo, o colapso econômico mexicano de 1995, provocado por uma crise aguda nas contas externas do país, reativou as críticas de setores políticos e sindicais dos Estados Unidos aos projetos de ampliação do Nafta. O Chile, que negociava a sua adesão, foi levado a orientar-se para o Mercosul, sem abandonar a meta de associação ao Nafta. Entretanto, a política externa americana não abandonou a meta da zona hemisférica de livre comércio: afinal, a América Latina constitui a única macro-área geográfica com a qual os Estados Unidos exibem saldos comerciais positivos.
O Mercosul, instituído pelo Tratado de Assunção de 1991, surgiu também a partir de motivações Políticas: tratava-se de romper o padrão de rivalidade histórica entre o Brasil e a Argentina.
Além disso, ele representava uma estratégia dos governos de Brasília e Buenos Aires para promover a abertura das economias de ambos os países, expondo-os à concorrência externa e atraindo investimentos internacionais.
Mas, na ótica da política externa brasileira, o Mercosul constitui também uma resposta às iniciativas comerciais americanas e ao projeto de uma zona hemisférica de livre comércio negociada nos termos de Washington. A estratégia brasileira - definida no jargão diplomático como "política de building blocks" - consiste em consolidar o bloco do Cone Sul e, em seguida, estabelecer uma área de livre comércio sul-americana. Essas iniciativas formariam o alicerce para as negociações futuras da zona hemisférica proposta pelos Estados Unidos. Os acordos de livre comércio firmados pelo Mercosul com o Chile e a Bolívia e a abertura de negociações para a cooperação entre o Mercosul e a União Européia inscrevem-se nessa estratégia.
O Nafta e, em outra escala, o Mercosul, estruturam blocos econômicos nos dois extremos latitudinais do continente americano. Contudo, entre eles, outros tratados comerciais agrupam os países da região andina, do Caribe e do istmo centro-americano. Esse conjunto heterogêneo de blocos comerciais novos ou antigos atravessa processos de redefinição impulsionados pela abertura das economias latinoamericanas à concorrência externa. A configuração de uma zona hemisférica de livre comércio representa apenas uma das possibilidades para a integração dos países do continente na economia global.
A BACIA DO PACÍFICO
A expressão Bacia do Pacífico associou-se à noção de um bloco econômico na década de 1970, quando os chamados Dragões Asiáticos - Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia do Sul - empreenderam a sua acelerada arrancada industrial.
Em parte, essa arrancada foi impulsionada por investimentos japoneses diretos, deslocados do arquipélago pelo aumento dos custos de produção associado aos choques de preços do petróleo e à elevação dos salários internos.
Uma década depois, outros Dragões despontavam: Tailândia, Malásia e Indonésia. Mais uma vez, os capitais industriais japoneses desempenharam o papel de alavancagem. Em meados da década de 1980, o iene conhecia um movimento de valorização diante do dólar, puxando para cima os custos de produção no interior do Japão e favorecendo os investimentos no exterior. Atualmente, a difusão da economia industrial na macro-área alcança as Filipinas e o Vietnã, evidenciando o vigor da dinâmica regional de integração.
Esse percurso de difusão regional da indústria gerou a crença de que se tratava de um fenômeno vinculado exclusivamente à internacionalização da base produtiva japonesa. Contudo, a análise dos investimentos estrangeiros diretos na Ásia revela uma realidade mais complexa.
No início do processo, os capitais japoneses (e americanos) efetivamente cumpriram funções decisivas nas arrancadas industriais. Porém, um pouco mais tarde, declina a importância dos investimentos americanos e, principalmente, verifica-se uma explosão de investimentos internacionais provenientes de grupos econômicos dos próprios Dragões Asiáticos. São capitais de Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia do Sul procurando oportunidades na Tailândia, na Indonésia, na Malásia e, acima de tudo, na China Popular.
A modernização da economia industrial da China Popular - empurrada pela política de abertura conduzida a partir da cúpula do Partido Comunista - é um componente fundamental do chamado "milagre asiático". Os baixos custos da abundante força de trabalho, os vastos recursos naturais, as oportunidades de investimento em infra-estruturas de transportes, comunicações e hotelaria, as garantias fornecidas pelos donos do poder na China tudo isso atrai as corporações empresariais asiáticas para o novo oceano da economia de mercado que se abre.
A dinâmica desses investimentos relaciona-se com a presença de uma vasta elite econômica de origem chinesa disseminada pela Ásia meridional e oriental. A diáspora de chineses étnicos na macro-área compreende mais de 50 milhões de pessoas, que se deslocaram da China desde o século XVII. Em Taiwan e Hong Kong - as "Chinas exteriores" - eles são quase a totalidade da população. Na cidade-Estado de Cingapura, formam a maioria da população, mas também representam minorias significativas na Malásia e Tailândia. Porém, o que mais impressiona é a sua participação nas economias locais: os chineses étnicos controlam as economias de Cingapura e Malásia e têm um peso determinante nas economias da Tailândia, da Indonésia e das Filipinas. A antiga colônia britânica de Hong Kong funciona como porta de entrada na China Popular dos investimentos dos chineses étnicos que têm as suas bases no exterior.
Os Dragões Asiáticos surgiram como "plataformas de exportação", orientando a sua economia industrial para os mercados do Ocidente e para o Japão. Do ponto de vista comercial, portanto, a integração regional era bastante fraca e tornava-se difícil, inclusive, caracterizar esse conjunto heterogêneo de países e cidades-Estado como um bloco econômico.
Entretanto, as sucessivas ondas de investimentos internacionais e o próprio crescimento econômico regional modificaram esse panorama. De um lado, ampliou-se o consumo interno de países como Taiwan e Coréia do Sul, onde a renda da população conheceu um forte aumento. De outro, as unidades de produção implantadas na região passaram a importar máquinas, equipamentos e serviços das suas matrizes, muitas vezes situadas em outros países asiáticos. Esses fenômenos dinamizaram as trocas intra-regionais, configurando um verdadeiro bloco econômico.
A ampliação do comércio intra-regional acelerou-se em meados da década de 1980, precisamente quando arrancava para a industrialização o segundo grupo de Dragões. Os investimentos na Tailândia, na Malásia e na Indonésia geravam comércio. Ao mesmo tempo, o aprofundamento da abertura chinesa ativava novos circuitos de intercâmbio. Os diferentes estágios de industrialização dos países da região criavam complementaridades externas, que se traduziam na explosão das trocas asiáticas.
Em 1980, o comércio intra-regional não chegava a 40 bilhões de dólares e, em 1986, ultrapassava em pouco os 50 bilhões, mas em 1992 ele aproximava-se da marca de 220 bilhões. Nascia um novo pólo econômico no mundo.
REGIONALIZAÇÃO X GLOBALIZAÇÃO
A multiplicação dos blocos regionais ameaça fragmentar a economia mundial, isolando macro-áreas fechadas sobre si mesmas? Seria a tendência à regionalização um obstáculo para a integração global dos mercados" A teoria econômica explica que a formação de áreas regionais de livre comércio acarreta duas conseqüências simultâneas. De um lado, fluxos comerciais direcionados, em função da atração exercida pela remoção de barreiras alfandegárias. De outro, criam-se novos fluxos comerciais, na medida em que a retirada de barreiras alfandegárias estimula a importação de mercadorias a custos mais baixos. O primeiro fenômeno atua contra a tendência à globalização; o segundo atua a favor.
Atualmente, o forte crescimento do comércio mundial indica que a criação de novas oportunidades de intercâmbio é mais intensa que o redirecionamento de fluxos já existentes. A causa desse predomínio é simples: as políticas econômicas liberais têm suplantado as estratégias protecionistas, de forma que os países integrantes de blocos regionais preferem rebaixar também as tarifas que cobram de mercadorias importadas de fora do seu bloco. Os acordos multilaterais alcançados no âmbito do GATT e as regras da Organização Mundial de Comércio funcionam como garantias da continuidade desse movimento liberalizante.
Mas a globalização não se circunscreve ao comércio. No terreno dos investimentos e da ampliação da área de atuação geográfica das transnacionais, os blocos econômicos representam verdadeiros trampolins para a estruturação de um mercado globalizado.
A União Européia, com a sua uniformidade interna de regras econômicas, funciona como uma moldura para a concentração de capitais, a fusão de empresas e a cooperação produtiva internacional. O mais interessante é que - ao contrário dos sonhos franceses - predominam as associações entre corporações européias e parceiros americanos ou asiáticos, e não as fusões e aquisições intracomunitárias.
Essa tendência, que corresponde ao desejo britânico, decorre das diferenças de políticas industriais dos governos europeus e constitui um entrave para o desenvolvimento de empresas comunitárias suficientemente poderosas para enfrentar a concorrência global. Por outro lado, ela favorece o processo de globalização, ao estreitar os laços da economia européia com as corporações transnacionais dos outros continentes.
As coisas se passam de forma similar, e até com mais clareza, no âmbito do Mercosul. A constituição de uma zona de livre comércio, que marcha para ser unia união alfandegária, incentiva os investimentos internacionais no interior dos limites do bloco, pois as unidades produtivas implantadas em qualquer dos países integrantes do Mercosul se beneficiam da remoção das barreiras para a exportação das suas mercadorias para os demais integrantes. A montadora automobilística francesa Renault já deflagrou um programa de pesados investimentos no Brasil, enquanto a Fiat italiana reorganiza as suas linhas de montagem no Brasil e na Argentina a fim de racionalizar a produção para um mercado integrado. Simultaneamente, empresas agro-industriais brasileiras expandem a sua atuação para o mercado argentino e construtoras dos dois países aguardam o lançamento de concorrência para vultosas obras conjuntas de infra-estrutura.
A Bacia do Pacífico constitui ilustração ainda melhor do papel dos blocos regionais na edificação dos alicerces para a globalização. Cingapura e Hong Kong funcionam como cidades-Estado internacionalizadas, servindo de pontes entre a economia mundial e o entorno macro-regional.
Elas sediam os quartéis-generais das corporações americanas e européias para a Ásia e o Pacífico. São também centros bancários e financeiros para as operações nos mercados de capital dos países vizinhos. Finalmente, servem como terminais portuários de exportação e reexportação situados sobre as grandes rotas transoceânicas.
Na macro-região estão surgindo as mais novas corporações transnacionais. Montadoras automobilísticas da Coréia do Sul já atuam agressivamente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina. Atrás delas, vêm grupos econômicos baseados em Hong Kong, na Indonésia, na Malásia, em Taiwan ou na Tailândia, que expandem as suas atividades para os países asiáticos e preparam-se para ingressar no mercado mundial. Os seus negócios incluem desde os investimentos imobiliários e hoteleiros até a mineração e a geração de energia, passando pela intermediação financeira.

A regionalização não representa uma barreira para a globalização. Os blocos regionais, pelo contrário, formam a estrutura orgânica da economia mundial. Por isso, o fortalecimento da última implica a multiplicação dos primeiros.

domingo, 17 de abril de 2016

Fundo Imobiliário ?

O que é um fundo imobiliário?

Os Fundos Imobiliários são condomínios de investidores, administrados por instituições financeiras e fiscalizados pela CVM. Tem por objetivo aplicar recursos em negócios com base imobiliária, como desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, imóveis já prontos ou títulos financeiros imobiliários, como CRI, LH, LCI ou cotas de fundos imobiliários já constituídos. 
Podem participar do patrimônio de um fundo, um ou mais imóveis, parte de imóveis e direitos a eles relativos. 
Criados em junho de 1993 pela Lei 8.668 e regulamentados pela CVM em janeiro do ano seguinte através das Instruções nºs. 205 e 206. Nova regulamentação pela Instrução CVM nº 472 em 31/10/2008.
Negociados através de quotas, que representam o valor mobiliário do fundo.
Por serem fundos fechados, suas quotas não admitem resgate, assim como as ações, o caminho é a negociação na Bovespa, no ambiente Bolsa ou Balcão Organizado, através de ordens. Em ambos ambientes, o modo de negociar é exatamente igual ao das ações, dentro dos mesmos horários de pregão.
Vantagens
  • Menor Custo: Comparativamente à aquisição direta em imóveis, o investidor de FII não terá gastos com ITBI, taxas de certidões, reconhecimentos de firma, cópia de documentos, escritura, registro, comissão de imobiliária, entre outros, o que normalmente fica em torno de 5% do valor do imóvel.
  • Acesso a investimento em imóveis de qualidade: Possibilita a qualquer investidor, independente do porte, investir em empreendimentos imobiliários de alta qualidade, através da compra de quotas, tantas quantas sua disponibilidade financeira permitir.
  • Diversificação: O investidor pode compor sua carteira com quotas de vários Fundos, atuantes em segmentos diversos, como shoppings, indústria, logística, hotéis, imóveis comerciais ou residenciais, etc. O risco de inadimplência ou vacância também fica pulverizado entre os diferentes locatários. Além disso, o investidor tem a oportunidade de acessar empreendimentos em diversas localidades e mitigar fatores regionais.
  • Fracionamento: Possibilita a compra ou venda de quotas por unidade, ou seja, o investidor poderá colocar suas ordens de compra de acordo com sua disponibilidade, ou sua ordem de venda, de acordo com sua necessidade financeira.
  • Transparência: Como as quotas são negociadas no ambiente Bovespa e tem a visualização de todo o mercado financeiro, possibilita-se uma negociação pelo melhor preço no momento.
  • Comodidade: Quanto à gestão, no caso de FII, o investidor tem a comodidade de não ter preocupações de administração dos imóveis, com cobrança e renovação de contratos, manutenção, recolhimento de impostos, entre outras. Todas essas tarefas serão desempenhadas pelo administrador do fundo, profissional de mercado e sob a responsabilidade de uma instituição financeira.
  • Benefícios Fiscais à Pessoa Física: Isenção de IR sobre os rendimentos mensais recebidos pelos cotistas, ao contrário da tributação incidente em aluguéis recebidos pelo detentor de um imóvel – IR com alíquota progressiva de 0% até 27,5%.
Tributação

Os Fundos Imobiliários brasileiros tem uma estrutura tributária incentivada, dada à importância do setor imobiliário para a economia do país.

Tratamento Tributário do Fundo

O Fundo Imobiliário é isento de impostos, como PIS, COFINS e Imposto de Renda, este só incidindo sobre as receitas financeiras obtidas com as aplicações em renda fixa do saldo de caixa do fundo.

Para que o Fundo possa ter este benefício tributário, a Lei 9.779 de 19/01/1999 estabeleceu os seguintes requisitos:

1. Que o Fundo distribua, pelo menos a cada seis meses, 95% de seu rendimento aos quotistas;
2. Que o Fundo não invista em empreendimento imobiliário que tenha como incorporador, construtor ou sócio, quotista que possua, isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de 25% das quotas do Fundo.

Tratamento Tributário do Cotista

Sobre o rendimento mensal

Com relação à tributação dos rendimentos obtidos pelos cotistas, há distinção entre pessoas físicas e jurídicas:

  • Cotista Pessoa Física - A isenção de IR para as pessoas físicas foi definida pela Lei 11.033 de 21/12/2004 e posteriormente pela Lei 11.196 de 21/11/2005, onde estabeleceu:
1. As Pessoas Físicas que terão direito à isenção não poderão possuir 10% ou mais das cotas do Fundo;
2. O Fundo deverá ter no mínimo 50 cotistas Pessoas Físicas;
3. Ter suas cotas exclusivamente negociadas em Bolsa ou mercado de balcão organizado.

Não há qualquer garantia ou controle por parte da Instituição Administradora quanto à manutenção das características tributárias descritas acima.
  • Cotista Pessoa Jurídica - Imposto de Renda de 20% sobre os rendimentos obtidos.

Sobre o ganho de capital

Já em relação ao ganho de capital, ou seja, eventual lucro na venda das cotas, a alíquota de IR é de 20% para qualquer cotista, PF ou PJ e deverá ser pago através de DARF até o último dia do mês subsequente à venda.

A forma de apuração do ganho e compensação de prejuízo na alienação de quotas, e demais detalhes da tributação dos Fundos Imobiliários, estão contidas na Instrução Normativa RFB nº 1022
de 05/04/2010.

Democracia representativa

Democracia representativa e democracia participativa: arenas deliberativas
Democracia representativa, entende-se neste caso por “representar” o ato de uma pessoa ser eleita, por votação, para "representar" um povo, uma população, determinado grupo, comunidade etc., normalmente esta pessoa representa um grupo (partido, cidade, bairro), também podemos eleger comissões e associações para nos representar, isto é, para agir, falar e decidir em "nome do povo", em nome de uma comunidade, de um grupo. Os "representantes do povo" se agrupam em instituições chamadas Parlamento, Câmaras, Congresso ou Assembleia da República. O conceito moderno de democracia é dominado pela forma de democracia eleitoral e plebiscitária majoritária no Ocidente, a que chamamos democracia liberal ou democracia representativa. A moderna noção de democracia se desenvolveu durante todo o século XIX e se firmou no século XX e está ligada ao ideal de participação popular, que remonta aos gregos, mas que se enriqueceu com as contribuições da Revolução Francesa, do Governo Representativo Liberal inglês e, finalmente, da Revolução Americana, que foram experiências de libertação do Homem e afirmaram a sua autonomia.
O regime da democracia participativa é um regime onde se pretende que existam efetivos mecanismos de controle da sociedade civil sob a administração pública, não se reduzindo o papel democrático apenas ao voto, mas também estendendo a democracia para o esfera social. A democracia participativa ou democracia deliberativa é considerada como um modelo ou ideal de justificação do exercício do poder político pautado no debate público entre cidadãos livres e em condições iguais de participação. Advoga que a legitimidade das decisões políticas advém de processos de discussão que, orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e da justiça social, conferem um reordenamento na lógica de poder político tradicional.
Os defensores da Democracia Participativa argumentam que o real sentido da palavra democracia foi esvaziado ao longo dos tempos, e foi reduzida a mera escolha de dirigentes, sem participação efetiva da sociedade civil organizada na administração de seus respectivos governos eleitos.Um exemplo de democracia participativa é o Orçamento Participativo, que tem o intuito de submeter o destino de parte dos recursos públicos à consulta pública, através de reuniões comunitárias abertas aos cidadãos, onde primeiro são coletadas propostas, depois votadas as prioridades, e encaminhadas ao governo para que ele atenda a solicitação através de investimento público.
2. O que são arenas deliberativas
 Arenas deliberativas, frequentemente são apontadas como forma de ampliação da participação e, assim, da representação de grupos marginalizados, trazem novas informações aos indivíduos e novas perspectivas sobre determinado tema, levando-os a debater e refletir acerca de suas posições. Desta forma, criam-se espaços de interação social que legitimam a tomada de decisões, tornam menos rígidas as fronteiras entre o público e o privado. Arenas deliberativas estabelecidas para a solução coordenada de problemas agregam pessoas com diferentes identidades sociais, mas que compartilham preocupações concretas e operam sob considerável incerteza sobre as formas pelas quais os problemas podem ser enfrentados, essa incerteza, a pressão pela descoberta de uma estratégia de solução comum, e o foco disciplinador dos próprios problemas vão se combinar, de formas saudáveis, para criar laços que se assemelham mais a solidariedades de cidadania do que às estreitas identidades de grupo associadas com a política de facções ou grupos. [1]
3. Sistema eleitoral e sistema partidário
Você não entende nada sobre política? Quando ouve falar em sistema eleitoral, partidário etc. na TV fica confuso(a)? então para simplificar, vamos introduzir você no “mundo” da política, para tanto , primeiramente você precisa saber que:
as eleições são mecanismos que legitimam a escolha dos nossos representantes, os partidos são instituições que apresentam os competidores à representação política e a expressão “sistema eleitoral” indica o modo, os instrumentos e os mecanismos empregados nos países de organização política democrática para constituir seus poderes Executivo e Legislativo. A base de um sistema eleitoral são as circunscrições eleitorais — que compreendem todo o país, estado ou província, um município ou um distrito.
Existem dois sistemas eleitorais no Brasil, o majoritário e o proporcional. Na eleição proporcional são eleitos os vereadores e os deputados estaduais e federais. Por esse sistema, o total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa. O resultado é o quociente eleitoral, ou o número de votos correspondentes a cada cadeira. Ao dividir o total de votos de um partido pelo quociente eleitoral, chega-se ao quociente partidário, que é o número de vagas que ele obteve. Se o quociente partidário der 6,5, por exemplo, significa que aquele partido elegeu seis de seus candidatos - os mais votados. Uma nova conta é feita das frações de cada partido até que todas as cadeiras sejam distribuídas.O sistema proporcional privilegia o partido, e não o candidato. Por isso, é comum ocorrer de candidatos serem eleitos com menos votos que outros que ficam de fora. Os deputados federais representam a população de cada estado no Congresso, mas a Constituição limita o número de representantes por unidade da federação em no mínimo oito e no máximo 70. Dessa forma, não há uma verdadeira proporcionalidade. Assim, o estado de São Paulo precisou nas eleições de 1998 de mais de 333 mil votos para eleger um deputado federal, enquanto em Roraima são necessários apenas 17 mil - uma diferença de quase 20 vezes.( Fonte: Wikipédia)
O sistema eleitoral majoritário é usado, no Brasil, para eleger os chefes do executivo de todas as esferas (presidente, governador e prefeito), e também para as eleições ao Senado Federal. Nas eleições presidenciais o sistema empregado é de maioria absoluta, onde o eleito precisa obter mais de 50% dos votos válidos para ser eleito. Para garantir a obtenção dessa maioria num sistema pluripartidário, a eleição se realiza em dois turnos. O primeiro disputado pela totalidade dos candidatos, e o segundo disputado apenas pelos dois candidatos melhor colocados no primeiro pleito. O segundo turno só se realiza caso nenhum candidato atinja a maioria absoluta no primeiro turno da eleição. Este sistema é utilizado também nas eleições para governadores dos estados e prefeitos das cidades com mais de 200.000 habitantes.
O Senado Federal é renovado a cada quatro anos nas proporções de um terço numa eleição e dois terços na seguinte. Cada estado elege, por conseguinte, 1 ou 2 senadores a cada quatro anos. Por esse motivo, a eleição para o Senado se dá de forma majoritária dentro de cada estado, para escolher os senadores que representarão aquele Estado. Quando apenas um candidato deve ser escolhido, usa-se a maioria relativa dos votos com eleições separadas para cada estado. Neste sistema, cada eleitor vota em apenas um candidato e vence a eleição aquele que obtiver o maior número de votos, sem necessidade de segundo turno caso não obtenha maioria absoluta. Este sistema é também usado para eleger prefeitos das cidades com até 200.000 habitantes.
Nas eleições ao Senado onde dois senadores serão eleitos para cada estado, usa-se o sistema de escrutínio (apuração de votos) majoritário plurinominal. Assim, os eleitores votam nos dois nomes de sua preferência e os dois candidatos com maior votação são eleitos. Não há peso ou precedência na ordem dada aos votos, por isso ao se escolher dois candidatos A e B não há diferença entre votar primeiro A e depois B ou primeiro B e depois A.
Com o voto distrital e o distrital misto, os legisladores dariam mais representatividade aos candidatos regionais. Toda região estaria representada nos parlamentos estadual e federal. O voto distrital é o que existe na Inglaterra, por exemplo. O país é dividido em pequenas regiões, onde cada partido lança seus candidatos. O mais votado em cada uma é eleito. O voto distrital misto é o que existe na Alemanha e, como o nome diz, é uma mistura dos outros dois sistemas: uma porcentagem é eleita pelos distritos e outra, por eleições proporcionais.
O princípio da Fidelidade partidária já vigorou no Brasil, em especial durante o regime militar, a intenção era impedir que políticos ligados ao governo votassem contra sua orientação ou passassem para a oposição (e vice-versa) no decorrer do mandato. Agora a motivação é evitar o que se convencionou chamar de "troca-troca" de partidos. Entre 1987 e 1998, 31% dos deputados federais abandonaram a sigla pela qual foram eleitos. Com a fidelidade partidária, o detentor de cargo eletivo que abandonasse o partido perderia o mandato ou ficaria impedido de disputar eleições por um período que, nas discussões travadas no Congresso, varia de dois a quatro anos