Crescimento populacional
O crescimento populacional ou crescimento demográfico é a mudança positiva do número de indivíduos de uma população. O termo população pode ser aplicado a qualquer espécie viva, mas aqui refere-se aos humanos.
A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6 bilhões de humanos no planeta.
Para um estudo da população, é essencial a análise estatística acompanhada das características históricas e geográficas das sociedades existentes no planeta. Alguns locais que apresentam elevadas taxas de densidades demográficas são: Sudeste Brasileiro, nordeste dos Estados Unidos da América, leste da China e sul da África. Cada umas dessas regiões tem as suas particularidades socioeconômicas, culturais e ambientais.
De acordo com os dados obtidos junto à Organização das Nações Unidas(ONU), no nosso planeta vivem mais de 7 bilhões de pessoas. Dessas, mais de 75% vivem em países subdesenvolvidos e com menos de dois dólares por dia, 22% são analfabetos, metade nunca utilizou um telefone e apenas 25% têm acesso à internet.[1][2]
Índice
Evolução
Histórico do crescimento da população mundial em milhares de pessoas.[3][4][5] A disponibilidade de cifras sobre o histórico populacional varia de região para região.
Ano | Mundo | África | Ásia | Europa | América Latina | América do Norte | Oceania |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1750 | 791 000 | 106 000 | 502 000 | 163 000 | 16 000 | 2 000 | 2 000 |
1800 | 978 000 | 107 000 | 635 000 | 203 000 | 24 000 | 7 000 | 2 000 |
1850 | 1 262 000 | 111 000 | 809 000 | 276 000 | 38 000 | 26 000 | 2 000 |
1900 | 1 650 000 | 133 000 | 947 000 | 408 000 | 74 000 | 82 000 | 6 000 |
1950 | 2 518 629 | 221 214 | 1 398 488 | 547 403 | 167 097 | 171 616 | 12 812 |
1955 | 2 755 823 | 246 746 | 1 541 947 | 575 184 | 190 797 | 186 884 | 14 265 |
1960 | 3 021 475 | 277 398 | 1 701 336 | 604 401 | 218 300 | 204 152 | 15 888 |
1965 | 3 334 874 | 313 744 | 1 899 424 | 634 026 | 250 452 | 219 570 | 17 657 |
1970 | 3 692 492 | 357 283 | 2 143 118 | 655 855 | 284 856 | 231 937 | 19 443 |
1975 | 4 063 587 | 413 450 | 2 387 727 | 674 143 | 323 128 | 244 003 | 21 136 |
1980 | 4 434 682 | 469 618 | 2 632 335 | 692 431 | 361 401 | 256 068 | 22 828 |
1985 | 4 830 979 | 541 814 | 2 887 552 | 706 009 | 401 469 | 269 456 | 24 678 |
1990 | 5 263 593 | 622 443 | 3 167 807 | 721 582 | 441 525 | 283 549 | 26 687 |
1995 | 5 674 380 | 707 462 | 3 430 052 | 727 405 | 481 099 | 299 438 | 28 924 |
2000 | 6 070 581 | 795 671 | 3 679 737 | 727 986 | 520 229 | 315 915 | 31 043 |
2005 | 6 453 628 | 887 964 | 3 917 508 | 724 722 | 558 281 | 332 156 | 32 998 |
Fases do aumento populacional[editar | editar código-fonte]
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na medicina, saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 bilhões de habitantes, sendo a taxa de crescimento de 0,33% ao ano.[6]
Estima-se que, há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, era de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.
A humanidade demorou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro milhar de milhão de habitantes, por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 milhares de milhões de habitantes. O terceiro milhar de milhões foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante.
Durante este período, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 milhares de milhão, ainda viviam no campo. Calcula-se que nos primeiros anos do século XXI quase metade dos seis milhares de milhões de pessoas habita cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.
A China era, nessa altura, o país mais populoso do mundo com 1300 milhões de habitantes, porém, devido à baixa taxa de natalidade poderá ser superada em 2050 pela Índia que, se mantiver a taxa de natalidade de 2000, atingirá os 1600 milhões.
Causas do rápido aumento da população mundial[editar | editar código-fonte]
Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população mundial. Os índices de mortalidade nos países em desenvolvimento tiveram uma queda significativamente grande após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espetacularmente as doenças e a mortalidade infantil.[7]
Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam a ter, em média, seis filhos.
Previsões sobre a população mundial futura[editar | editar código-fonte]
O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. Ao longo dos últimos dez anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projeções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados.
Consequências do aumento populacional[editar | editar código-fonte]
O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos.
Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população atual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais.
Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros, provocado pelos avanços dos meios de transporte. O fato de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande atividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.
Medidas a tomar para conter tal aumento[editar | editar código-fonte]
Para tentar conter o elevado aumento populacional já estão sendo tomadas e estudadas certas medidas. É necessária a expansão de serviços de alta qualidade de planeamento familiar e saúde reprodutiva. As gestações indesejadas ocorrem quando os casais que não querem ter uma gravidez não utilizam nenhum método para regular eficazmente a fertilidade. Uma das prioridades de vários governos dos países em via de desenvolvimento é oferecer aos casais e a pessoas individuais serviços apropriados para evitar a gravidez.
Deve-se também divulgar mais informação sobre planeamento familiar e aumentar as alternativas de métodos anticoncepcionais, nos casos em que tal seja legal.
É também muito importante a conscientização do público sobre os meios existentes para a regulação da fertilidade e o seu valor, da importância da responsabilidade e da segurança na prática de relações sexuais e a localização dos serviços. Deverão ser criadas condições favoráveis para várias famílias pequenas.
Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as adolescentes. Melhorias na situação econômica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.
Continua
Como sempre você é perfeito em seus argumentos, baseado em informações precisas nos presenteia com raciocínios lógicos para soluções concretas 💜👏👏👏
ResponderExcluir