Acreditamos com os três " P "
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Está dentro de um perfil social, profissional e presencial. Nunca acreditei que as mulheres pagasse a conta.
Homem é Homem. Crianças e mulheres podem errar. Mais o Homem não.
Dinheiro fácil, é convidativo. Turismo é motivante. Negócios é arte. Acredito na Arte da Venda.
Aos amigos o conceito é facilitador , está todo descrito abaixo.
Como ganhar dinheiro com viral? O site BuzzFeed sabe
Brian Ach / Getty Images
Jonah Peretti, do BuzzFeed: a audiência do site triplicou em um ano
São Paulo - Mesmo que ainda não tenha ouvido falar do BuzzFeed, você já conhece o BuzzFeed. O site é um dos maiores fenômenos da web dos últimos anos e o maior responsável pela popularização das listas de todo e qualquer tipo, hoje em dia publicadas em todo e qualquer site. Eis aqui uma lista (por que não?) de cinco exemplos escolhidos aleatoriamente na primeira página do BuzzFeed Brasil:
- 22 cenas que você não vai acreditar que passavam na TV brasileira nas tardes de domingo;
- 36 fatos que você provavelmente não sabia sobre o jogo Tetris;
- 22 pessoas que levaram o termo “festa da democracia” ao pé da letra;
- 37 provas de que o TCC é o momento mais desesperador de sua vida;
- 16 famosos que já fizeram fotonovelas (e você nem desconfiava).
São compilações triviais, divertidas e ideais para ser divididas com os amigos em redes sociais, como Facebook e Twitter. Mas a receita do enorme sucesso do BuzzFeed não cabe numa lista — pelo menos não numa lista curta.
A empresa aproveitou o poder da distribuição viral na internet como poucas e, com apenas oito anos de vida, é avaliada em 850 milhões de dólares, segundo uma reportagem recente do The New York Times (jornal que tem 163 anos e vale pouco menos do que o dobro desse total, segundo a cotação de suas ações no início de outubro).
O BuzzFeed foi criado em 2006 por Jonah Peretti, um dos fundadores do site de notícias Huffington Post, como uma espécie de laboratório de conteúdos virais. A ideia inicial era simplesmente listar (claro) automaticamente os principais conteúdos virais que corriam na web, com uma produção eventual de material próprio.
Mas em 2008 a direção mudou: em vez de acompanhar os memes — aquele tipo de post em que há uma foto com uma frase supostamente engraçada, por exemplo —, a empresa passou a criá-los.
“A mudança ocorreu meio por acaso”, disse a Exame PME Scott Lamb, vice-presidente da área internacional do BuzzFeed. “Entendemos que tipo de conteúdo as pessoas gostavam de passar adiante e decidimos nos concentrar nisso.”
O sucesso foi enorme, e o BuzzFeed cresceu juntamente com as redes sociais. Hoje, seus sites (além do original, são seis versões internacionais, incluindo a brasileira) recebem mensalmente 150 milhões de visitantes, uma audiência majoritariamente jovem e extremamente antenada com o assunto do dia, da hora ou do minuto.
Como nasceu com dinheiro de investidores, o BuzzFeed pode experimentar com os modelos de negócios. Atualmente, são duas as principais fontes de receita. A primeira é a publicidade exibida nas páginas. É a segunda, entretanto, que diferencia a companhia de outros negócios de mídia. O BuzzFeed mantém uma equipe de 75 pessoas dedicadas a criar campanhas sob encomenda para anunciantes.
O formato é idêntico ao do material publicado no site. Recentemente, por exemplo, o BuzzFeed americano fez uma lista de “17 truques para fazer um churrasco incrível”, promovida pela maionese Hellmann’s. A lista aparecia em meio ao conteúdo do site, com um selo indicando tratar-se de um post patrocinado.
O BuzzFeed não revela suas receitas (estima-se que passem de 100 milhões de dólares neste ano) e afirma que o lucro começou a aparecer apenas no ano passado. Isso não parece incomodar os investidores. A empresa já recebeu cinco rodadas de investimento, um total de 96,3 milhões de dólares.
O grosso veio no mês de julho, com um aporte de 50 milhões de dólares do fundo Andreessen Horowitz, um dos mais influentes do Vale do Silício. O dinheiro não vai ser usado somente para fazer mais do mesmo. A estratégia do BuzzFeed não é ser conhecido apenas pelas listas que produz. A ambição é entrar para certa lista — a das grandes companhias de mídia do planeta.
O movimento começou há três anos, com a contratação do jornalista Ben Smith, do respeitado site Politico, como editor-chefe do BuzzFeed. Mais recentemente, a empresa criou um núcleo de reportagens investigativas, liderado por Mark Schoofs, jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer. Ao todo, a empresa conta com mais de 150 jornalistas entre seus 550 funcionários.
O objetivo é investir cada vez mais em assuntos sérios, com uma abordagem mais parecida com a mídia tradicional. “Nosso negócio sempre foi contar histórias. Só que usamos um formato diferente”, diz Lamb. “Agora estamos partindo para maneiras mais tradicionais. Não estamos tentando reinventar a roda.”
Outro investimento é na área de vídeos, sob o pomposo nome de BuzzFeed Motion Pictures. Alguns têm temas semelhantes aos do site. Outros são mais sérios. A característica comum é o baixo custo. “Uma pessoa tem a ideia, filma, edita e publica”, afirma Lamb. A empresa já é uma das maiores criadoras de conteúdo original no YouTube (e recebe parte da receita da publicidade veiculada com seu material).
Os vídeos do BuzzFeed no YouTube já foram vistos mais de 1,7 bilhão de vezes. A empresa também produz vídeos sob encomenda para anunciantes — outra nova fonte de receita. Os sócios consideram a possibilidade de até mesmo produzir séries de ficção originais, como fez a Netflix, que teve enorme sucesso com House of Cards e Orange Is the New Black.
Para além das ambições de querer ser levado a sério, porém, está uma questão estratégica. A audiência pode ser gigante, mas três quartos dela vêm de redes sociais, sobre as quais o BuzzFeed não exerce nenhum controle.
“Se uma mudança no algoritmo do Facebook passar a esconder os materiais compartilhados, o BuzzFeed perde sua principal fonte de tráfego”, diz o analista especializado em tecnologia Gene Munster, do banco de investimento Piper Jaffray.
Um perigo pode vir de dentro. Como todo empreendimento que fica muito grande, o BuzzFeed pode se tornar complexo demais e perder agilidade, algo fundamental numa empresa de internet. Numa entrevista recente ao The New York Times, Peretti se mostrou consciente do risco ao dizer: “Como manter a cultura empreendedora numa empresa que cresce tão rapidamente?”
Agora, uma das prioridades é diversificar a presença do BuzzFeed em vários serviços. Recentemente, o Pinterest, rede social cujo principal atrativo são imagens, passou o Twitter como segundo maior direcionador de tráfego. “As redes sociais estão sempre mudando e evoluindo, mas a natureza humana continua igual”, diz Lamb. “As pessoas não vão perder o desejo de compartilhar.”
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